segunda-feira, 21 de setembro de 2015

VANDALISMO PODE SER REPASSADO PARA RAMAL CENTRO X ZONA SUL

VANDALISMO EM ÔNIBUS DA 474 EM COPACABANA, NO ÚLTIMO DIA 20.

A eliminação da ligação direta entre a Zona Norte e a Zona Sul, pela própria natureza do trânsito carioca, só irá complicar as coisas. Os apelos pouco convincentes das autoridades para as pessoas não utilizarem automóvel, que a gente logo percebe que são dados sem muita firmeza, vide o próprio lobby da indústria automobilística e sua sobreposição de campanhas publicitárias, dizem muito.

Por isso, o trânsito será sobrecarregado - já o é na Zona Sul, mesmo com muitos ônibus e a presença das linhas da Zona Norte - e a coisa só tende a piorar, pois mesmo os BRTs não serão muitos - é a "logística" da Secretaria Municipal de Transportes, que não abriu o jogo sobre o problema da superlotação de BRTs para o Rock In Rio - e os terminais do Centro ficarão mais confusos.


VANDALISMO EM ÔNIBUS DA LINHA 476, NO LEBLON, NO ÚLTIMO DIA 19.

Mas o que chama a atenção é que os vândalos e bandidos nem de longe se sentirão intimidados em fazer a baldeação. Pegar um ônibus e saltar poucos pontos adianta já é um hábito de ladrões e desordeiros. Eles não temem pegar mais de um ônibus, pagam mais de duas passagens porque sempre têm a esperança de cercar alguém numa praça e furtar tudo o que tem, como grana e celular.

Consta-se que os policiais estão fazendo marcação contra os jovens vindos do Jacarezinho. Não é por acaso que as ações são feitas contra ônibus das linhas 474 Jacaré / Jardim de Alah e 476 Méier / Leblon, que atendem a esses bairros.

VANDALISMO EM ÔNIBUS DA LINHA 476, NO LEBLON, NO ÚLTIMO DIA 19.

O vandalismo aumentou quando policiais prenderam um grupo de jovens estudantes que iam para a praia de Copacabana, vindos do referido bairro. A medida coincidiu com o anúncio do fim da ligação direta Norte X Sul pelo subsecretário de Planejamento da Prefeitura do Rio de Janeiro, Alexandre Sansão, que pelo jeito não tem como especialidade atender ao interesse público.

Afinal, a mudança das linhas, a ocorrer no próximo mês, pode significar uma contribuição para a chamada "limpeza étnica" nas praias da Zona Sul carioca, com a dificultação, através da baldeação e da cobrança do Bilhete Único, que se esgota já no primeiro ônibus, forçando o passageiro a quase sempre pagar mais uma tarifa, o que pesa mais no bolso dos mais pobres.

O "consolo" da "praia artificial" em Madureira não é suficiente para acalmar os ânimos do povo da Zona Norte. E, com a revolta que o povo terá com o fim das linhas diretas - eles já foram afetados com o fim de linhas como 465 Cascadura / Gávea - , o vandalismo tende a aumentar e ser repassado para o Centro e para o BRT do Centro X Zona Sul.

Cenas como se observam nas fotos acima, de vandalismo nos ônibus vindos do Jacarezinho, acontecerão na Av. Pres. Vargas e se repassarão para os BRTs. Os tumultos acontecerão no entorno da Central e da Candelária, locais já bastante tumultuados e que, com o fim das linhas diretas, sofrerão ainda mais com o aumento do fluxo de passageiros e com as ações de bandidos e vândalos.

A situação se tornará muito grave, a partir do próximo mês. E a indignação popular de ver que a Zona Norte só pode ser carioca pela metade, a cada vez mais proibida de ir para a Zona Sul, só transformará o Rio em desordem e até guerra civil. O povo trabalhador da Zona Norte será afastado da Zona Sul. Já os vândalos vão pegar a baldeação sem problema. Eles é que nada têm a perder.

Um comentário:

  1. As linhas zona norte - zona sul que atravessam os tuneis serão mantidas, não haverá transbordo. Esse blog mente!!

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