sábado, 24 de outubro de 2015

QUE TAL "OTIMIZAR" OS COMERCIAIS DE AUTOMÓVEIS NA TV?


Sexta-feira, 23 de outubro de 2015. Cerca de oito e dez da manhã. Rede Globo de Televisão. Num único intervalo comercial do noticiário matutino Bom Dia Brasil, apareceram dois comerciais, um da marca Hyundai e outro da Volkswagen, intercalados apenas por um comercial de outro produto.

Em muitos momentos, principalmente no horário nobre da televisão, um mesmo módulo de intervalo comercial chega a mostrar até três comerciais de automóveis ou mesmo, junto a eles, um comercial de produtos relacionados a eles, como combustíveis e baterias para carros.

Não bastasse a "cultura social" que faz com que a pessoa adquira maior importância social quanto compra um automóvel, comerciais de televisão estimulam a compra e o consumo compulsivo de automóveis, num sistema de valores em que as pessoas são impelidas a usar automóvel só para levar os filhos da escola uns poucos quarteirões adiante.

Hoje mais uma alteração de linhas de ônibus é feita pela Secretaria Municipal de Transportes da Prefeitura do Rio de Janeiro (SMTR), cujo titular, Rafael Picciani, é de família aliada do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. A lógica autoritária e a visão autista decidida em escritórios reflete o caráter "otimizado" de tais mudanças.

A colocação de linhas troncais e alimentadoras, que tem mais uma etapa hoje, embora esta seja de aparente menor impacto no Centro, já que mexerá mais no corredor via Túnel Santa Bárbara e envolverá linhas realmente desnecessárias - "clones" de linhas do corredor Zona Norte - Zona Sul que se limitavam a ir para Botafogo ou Av. Prado Júnior, no Leme - , reflete essa visão autoritária.

O impacto já começa a ser notado. Ônibus lotados até mesmo fora dos horários de pico. A própria lógica da SMTR diverge da população quanto ao padrão de lotação de ônibus que deve ser no começo dos trajetos.

Para a população, os ônibus deveriam circular pelo menos com 50% dos bancos ocupados, no começo do percurso. Já a SMTR quer que eles já partam de seus pontos iniciais com 100% dos bancos ocupados, e um número médio de dez pessoas em pé.

Esses detalhes a mídia não observa e quase não se fala deles. E, nos horários de pico, ônibus já começam a sair de seus pontos iniciais com até mesmo mais de dez passageiros em pé. Por exemplo, os troncais de integração Centro - Zona Sul vindos da Central já entram na Av. Rio Branco praticamente superlotados, não só nos horários de pico, mas até em horários fracos.

E isso quando o número de automóveis nas ruas é extremamente grande e desnecessário, Há pessoas que usam o carro apenas por pura vaidade. Mesmo antes das mudanças nas linhas, os congestionamentos eram intensos nos entornos de Botafogo, Flamengo e Laranjeiras mesmo em horários considerados fracos, como 16 horas.

Agora, a situação se complicou. A imprensa não costuma dar ênfase, porque a grande mídia também se compromete com interesses empresariais e estamos no período de preparativos para as Olimpíadas, daí que nas mídias sociais as pessoas estão até discriminando quem tem senso crítico para forjar um "mar de rosas" digital, um Brasil "feliz" para turista ver.

Por isso, diante de um Rio de Janeiro aceitando bovinamente as imposições das autoridades que, isoladas nos seus escritórios, acham que entendem o mundo à sua volta, os ônibus agora reduzem suas frotas nas ruas, enquanto os automóveis aumentam ainda mais sua presença no tráfego diário.

Se Rafael Picciani se acha tão sábio, tão entendedor das coisas, por que ele não entra em contato com as emissoras de televisão e lhes aconselha uma "otimização" nos comerciais de automóveis na televisão?

Reduzir as campanhas um comercial de automóvel (incluindo artigos relacionados, como bateria para carro) para cada intervalo de programa de TV, no horário nobre, e um comercial em um de cada três intervalos na programação diurna seriam uma forma de diminuir os transtornos que acontecem sob o rótulo de "mobilidade urbana".

domingo, 11 de outubro de 2015

COM PINTURA PADRONIZADA, AUTORIDADES CONFUNDEM CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Enquanto a tragicomédia da pintura padronizada tende a se repetir com a licitação de linhas municipais de Nova Iguaçu e a de linhas intermunicipais do Grande Rio para a capital, autoridades demonstram total falta de discernimento de conceitos relativos à Administração Pública.

Através da pintura padronizada, se estabelecem vínculos administrativos que correspondem a conceitos que nada têm a ver com as relações que se estabelecem entre empresas particulares de ônibus que operam concessões de serviço de transporte coletivo.

A pintura padronizada, que explicitamente expressa a identidade do poder público relacionado, seja a secretaria municipal ou a estadual de Transportes, através do respectivo consórcio determinado por esse mesmo poder estatal, corresponde, na verdade, ao processo de DESCONCENTRAÇÃO da Administração Pública, o que é muito diferente de DESCENTRALIZAÇÃO.

Isso porque a pintura padronizada sugere uma subordinação das empresas de ônibus ao poder governamental correspondente. A imagem que elas apresentam é a do "consórcio" que simboliza a identidade do poder estatal - isso é tão claro que se enfatiza na pintura a identificação do município ou orgão estatal, em detrimento do nome da empresa -  , o que indica não a Descentralização Administrativa, que permite autonomia da pessoa jurídica prestadora de serviço, mas a Desconcentração, em que o serviço é concedido mediante relações de hierarquia.

Para quem acha que isso nada tem a ver, reproduzimos o que o portal JusBrasil, especializado em Direito, descreve sobre a diferença entre Descentralização e Desconcentração (que usamos em maiúsculas para dar sentido enfático na análise):

"A atividade administrativa pode ser prestada de duas formas, uma é a centralizada, pela qual o serviço é prestado pela Administração Direta, e a outra é a descentralizada, em que a prestação é deslocada para outras Pessoas Jurídicas.

Assim, descentralização consiste na Administração Direta deslocar, distribuir ou transferir a prestação do serviço para a Administração a Indireta ou para o particular. Note-se que, a nova Pessoa Jurídica não ficará subordinada à Administração Direta, pois não há relação de hierarquia, mas esta manterá o controle e fiscalização sobre o serviço descentralizado.

Por outro lado, a desconcentração é a distribuição do serviço dentro da mesma Pessoa Jurídica, no mesmo núcleo, razão pela qual será uma transferência com hierarquia".

A secretaria, municipal ou estatal, de Transportes, na medida em que adota a pintura padronizada que impõe um mesmo visual para diferentes empresas de ônibus, está, assim, atropelando não apenas critérios legais da Lei de Licitações e do Código de Defesa do Consumidor, para não dizer a Constituição Federal (sim, a pintura padronizada é INCONSTITUCIONAL porque contraria o princípio de livre iniciativa, por simbolizar, pela identidade visual, a subordinação de empresas particulares ao poder estatal), mas também conceitos de Administração Pública.

Afinal, a imposição de uma mesma pintura para diferentes empresas estabelece o monopólio da identificação do poder público através do visual dos "consórcios". As relações correspondem à desconcentração, transferência de serviço com relações de subordinação, como se as empresas particulares fossem órgãos do governo municipal ou estadual.

Não se trata de descentralização, por mais que o discurso das autoridades apele para tal, porque, se houvesse descentralização, seria respeitado o direito de cada empresa de ônibus apresentar a identidade visual que quiser, quando muito apenas criando uma posição fixa de apresentação do nome da empresa e do número, que é o que havia no Rio de Janeiro antes de 2010.

Com isso, as autoridades brasileiras, tão metidas a entender de Administração Pública e a ostentar seus diplomas de Direito, cometem uma total ignorância de seus conceitos mais fundamentais. E demonstram que só entendem mesmo de conchavos políticos e de nomeações em que os interesses pessoais estão acima do interesse público.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

BALDEAÇÃO ESGOTA TEMPO DE BILHETE ÚNICO. PREFEITURA DO RJ NÃO AMPLIARÁ SUA VALIDADE


A mudança de linhas de ônibus no Rio de Janeiro confirmou o diagnótico de que as baldeações iriam esgotar o tempo do Bilhete Único, válido apenas para duas horas e meia do percurso. Ou seja, quem vem da Zona Norte e quer ir para a Zona Sul, terá que desembarcar no Centro e, na prática, pagar mais de uma passagem.

Só o percurso de um ônibus ultrapassa as duas horas e meia, devido ao trânsito congestionado em vários trechos da cidade. Nos horários de pico, o trânsito no entorno de Botafogo a Laranjeiras simplesmente trava, o que força os passageiros, sobretudo trabalhadores e universitários, a gastar, pelo menos, R$ 13,60 só para um único deslocamento diário de ida e volta.

São mais de R$ 270 a serem gastos por mês para um simples deslocamento. Na prática, é como se a passagem tivesse aumentado em 100%. E mostra o caráter autoritário da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), que usou a desculpa da "racionalização" para impor as mudanças.

Os passageiros saíram confusos com as mudanças e as novas linhas de integração. Nem a orientação de funcionários espalhados pelas ruas conseguiu resolver as coisas. E, com menos ônibus em circulação, os cariocas passaram a esperar até 40 minutos ou uma hora para pegar o segundo ônibus.

Passageiros tiveram que andar para outras ruas para pegar outros ônibus do Sistema Integrado, para evitar atrasos. Alguns levaram como jeitinho não passar pelo torniquete na primeira meia-hora de percurso. Mesmo assim, o Bilhete Único se esgota antes do primeiro ônibus chegar ao ponto final.

A GERENTE ANA PAULA PEREZ, ENTREVISTADA PELO JORNAL EXTRA, USA COMO ESTRATÉGIA DEMORAR PARA PASSAR PELO TORNIQUETE, PARA EVITAR O ESGOTAMENTO DO BILHETE ÚNICO.

Os passageiros tentam, dessa forma, "segurar" o Bilhete Único para garantir o ingresso gratuito no segundo ônibus. Mesmo a sugestão da SMTR para os passageiros que vêm da Barra da Tijuca desembarcarem em São Conrado e não no Rio Sul para pegarem as linhas troncais não é suficiente para evitar a segunda tarifa na baldeação.

ÔNIBUS LOTADOS

A imprensa bem que tentou minimizar o impacto do primeiro dia, com os repórteres se distanciando dos terminais e fazendo cobertura nos pontos intermediários, para evitar a repercussão negativa da nova operação. Mas não pôde esconder a insatisfação e os transtornos, assim como as lotações nos õnibus.

Os ônibus, reduzidos em frota e percurso, tiveram aumento de demanda. O número de passageiros aumentou drasticamente. Os terminais ficaram superlotados e um dos impactos da atual mudança foi sentido no Terminal da Central, que além do seu já tumultuado movimento, observado antes da medida, passou a acolher aqueles que pegavam os ônibus vindos da Zona Norte.

Por enquanto, ônibus convencionais foram utilizados para as linhas integradas e eles mostram o nível de lotação que, na melhor das hipóteses, aponta uma presença média de dez pessoas em pé diante de todos os assentos ocupados. Para a SMTR esse é o padrão "ideal" de lotação de um ônibus, embora não raro os veículos fiquem superlotados, até fora dos horários de picos.

Esse impacto negativo já era observado nas linhas do Transcarioca. BRTs percorriam os entornos de Jacarepaguá superlotados ou com todos os lugares para sentados ocupados e um terço da capacidade de passageiros em pé ocupado. Neles o impacto da baldeação já afetava a validade do Bilhete Único.

O secretário municipal Rafael Picciani acredita ser "improvável" a ampliação do tempo de validade do Bilhete Único. Ele se limitou a sugerir para os passageiros que se deslocarem da Alvorada ao Centro a usarem a baldeação em São Conrado e não no Rio Sul. Já os representantes do sindicato patronal Rio Ônibus recomendavam o Rio Sul.

Enquanto isso, as ruas ficam congestionadas com mais carros. e a redução de ônibus nas ruas faz com que os mesmos fiquem cada vez mais lotados. Os passageiros perdem mais tempo e dinheiro para se deslocarem que a solução é se isolar nos seus bairros mesmo.

Enquanto isso, continua a sobreposição de comerciais de automóveis na televisão, fator que influencia os consumidores a comprar mais carros. No horário nobre da televisão, um mesmo intervalo comercial chega a transmitir dois comerciais de marcas de carros. As ruas cariocas mostram que o Rio de Janeiro tornou-se o "túmulo" da mobilidade urbana.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

PARA NÃO PREJUDICAR TURISMO, MÍDIA MINIMIZA EFEITOS DE PRIMEIRO DIA DE MUDANÇAS NOS ÔNIBUS


Cobertura morna foi feita pela grande imprensa no primeiro dia de alterações nas linhas de ônibus do Rio de Janeiro. Embora "admitisse" que houve queixas e confusão entre os passageiros, a avaliação da mídia foi um dia "tranquilo". Tomadas eram feitas em pontos intermediários. Pontos iniciais eram evitados para não mostrar o grosso da confusão.

Visando não prejudicar o turismo, a mídia teve que moderar nas críticas, já que reportagens negativas sobre o Rio de Janeiro costumam repercutir na mídia internacional, como CNN e BBC, e causar apreensão aos estrangeiros, que poderiam cancelar viagens turísticas programadas para o período das Olimpíadas de 2016.

Dessa forma, pouco se reportou sobre a mudança. A realidade não foi mostrada pela mídia, com terminais cheios, passageiros indignados e longas esperas por um ônibus. A baldeação foi incômoda e demorada, e as bandeiras dos ônibus, alternando dados de informação entre o destino do ônibus e o tipo de linha integrada, confundiam os passageiros, já desnorteados pela pintura padronizada.

O fluxo do Terminal da Central aumentou consideravelmente, com a chegada dos passageiros que, antes, se mantinham sentados nos ônibus da Zona Norte que eram destinados à Zona Sul. Com a mudança, tiveram que desembarcar ali, na esperança de pegar um assento num ônibus no seu ponto inicial, o que foi em vão. De dia e de noite, os horários de pico eram bem problemáticos.

Mesmo os ônibus mais "vazios", principalmente em horários de movimentos menores, tinham uma lotação correspondente a todos os assentos sentados e cerca de dez passageiros em pé. Esse é considerado o "padrão ideal" de lotação segundo os tecnocratas da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR).

Passageiros tiveram que viajar em pé para não se atrasarem no trabalho ou nos estudos. Muitos passageiros também se dirigiam aos bancos, já que os bancários anunciaram ontem que iniciariam greve hoje. Passageiros que quiseram pegar lugares sentados chegavam a esperar pelo quarto ou quinto ônibus e prestar atenção no tumulto de passageiros.

Portanto, a avaliação do primeiro dia foi tumultuada, e tudo indica que continuará assim mesmo.

domingo, 4 de outubro de 2015

RAFAEL PICCIANI ESTÁ POLITICAMENTE INTEGRADO A EDUARDO CUNHA E AÉCIO NEVES


As duas fotos mostram como realmente é a inclinação do secretário municipal de Transportes do Rio de Janeiro, Rafael Picciani, com a coisa pública. Aqui ele aparece em "boa companhia" com os políticos que, segundo ele, irão "racionalizar" a política no Brasil.

Eduardo Cunha (o deputado, não confundir com o busólogo) é famoso pelas "pautas-bombas" feitas para degradar o mercado de trabalho, botar adolescentes pobres nas cadeias, forçar idosos a trabalhar mais e impedir que novas estruturas de vida familiar sejam institucionalmente reconhecidas.

Aécio Neves é um fanfarrão político que, como seus colegas do PSDB, só enxugam o Estado para tirar dele as responsabilidades mais essenciais (como Educação e Saúde além de serviços essenciais, como saneamento) e deixar as supérfluas (como o poder centralizado nos sistemas de ônibus, através de ditatoriais Secretarias de Transportes) para seus cofres pessoais.

O deputado Cunha tem currículo de corrupção quando fazia parte do esquema de propinas na Petrobras, investigada hoje pela Operação Lava-Jato. Dava a palavra final em muitas decisões desse esquema e ainda recebia uma grande soma de dinheiro que ele depositava para si e seus familiares em contas na Suíça, conhecido paraíso fiscal (baixos impostos e facilidades em depósitos em contas bancárias).

Aécio Neves, por sua vez, é acusado de usar dinheiro dos contribuintes para viajar para o Rio de Janeiro e para construir um aeroporto particular que o anedotário político já conhece como "Aécioporto". Sem falar das noitadas que muitos afirmam ser o lazer do político mineiro.

Já dá para perceber o quanto Rafael Picciani está tão preocupado com o povo carioca. E, como ele está com mania de desmentir as coisas, daqui a pouco ele vai botar a culpa dessas imagens no Photoshop. Enquanto isso, os ônibus "vazios" ficam ainda mais lotados nas ruas cariocas, por conta da "racionalização" do sistema...

sábado, 3 de outubro de 2015

SISTEMA DE ÔNIBUS DO RJ PERDE DE VEZ O SENTIDO DE TRANSPORTE PÚBLICO

A CANDELÁRIA É FIM DE LINHA PARA LINHAS COMO A 455.

Hoje o sistema de ônibus do Rio de Janeiro perdeu de vez o sentido de transporte público. Ele agora é oficialmente um sistema privativo da vontade de tecnocratas, burocratas e autoridades políticas. Desde a adoção da pintura padronizada as autoridades cariocas mostraram o estilo Eduardo Cunha (não o busólogo, mas o deputado) de ser, reflexo do autoritarismo do PMDB carioca.

Sob a desculpa de racionalizar o sistema de ônibus - termo sem o menor fundamento, porque trará efeitos contrários - , a Secretaria Municipal de Transportes da Prefeitura do Rio de Janeiro eliminará a ligação direta Zona Norte-Zona Sul em boa parte das linhas, obrigando os passageiros a fazer a incômoda baldeação, que não trará o conforto do primeiro ônibus e causará perda de tempo.

Isso não é racionalizar. Afinal, é conhecido que a Zona Sul é famosa pelo gigantesco congestionamento que existia até quando as linhas do ramal Norte-Sul circulavam plenamente. Com o fim das mesmas e a substituição pela baldeação para os BRTs do ramal Centro - Zona Sul, que não darão conta de toda demanda (vide o caso de Madureira), a coisa tende a piorar.

Hoje, sábado, o sistema tende a parecer "tranquilo", mas o resultado mesmo será observado na segunda-feira. Os passageiros já estão se preparando para acordar mais cedo para não se atrasarem no trabalho e nos ambientes de ensino.

A confusão acontecerá nos entornos da Candelária e Central, que receberão as demandas das linhas de percurso mutilado. Incidentes como os arrastões em Copacabana podem ser transferidos para o entorno da Av. Pres. Vargas. O metrô também tende a ter maior lotação.

Tudo isso não foi imaginado pelos tecnocratas que, trancados em seus escritórios, não devem conhecer os congestionamentos no trânsito carioca, daí a imposição de uma mudança que, literalmente, vai fechar o trânsito no Rio de Janeiro.

Enquanto isso, continua a sobreposição de comerciais de automóveis na televisão, em que um mesmo intervalo chega a mostrar três propagandas de montadoras de automóvel, fora os comerciais sobre peças ou objetos relacionados, como baterias para carros, pneus e postos de combustíveis. Eles continuam congestionando as mentes de pessoas que continuam usando carros sem necessidade.