domingo, 31 de maio de 2015

ESQUETE DE PROGRAMA HUMORÍSTICO PROTESTA CONTRA SISTEMA DE ÔNIBUS DO RJ


Uma esquete do programa humorístico Zorra, da Rede Globo de Televisão, de criação do comediante Marcius Melhem e sua equipe, satirizou os problemas referentes ao sistema de ônibus do Rio de Janeiro, relacionados à pintura padronizada e à desorganização dos consórcios, embora esses detalhes aparecessem de forma mais sutil.

Um passageiro embarca num ônibus que se parou em um ponto, com destino Bangu, improvisado na palavra impressa e colada na janela. Bangu corresponde ao consórcio Santa Cruz (Zona Oeste), mas o ônibus utilizado foi um da Transportes São Silvestre, do consórcio Intersul (Zona Sul, Tijuca e Centro).

O passageiro entra no ônibus e pergunta aos presentes se ele vai para Bangu. Os passageiros e o cobrador respondem que não sabem. Mas o motorista responde dizendo que o ônibus NÃO vai para o bairro em questão. O passageiro, satisfeito, decide entrar no ônibus.

A crítica social demonstra a revolta da população contra o atual sistema de ônibus carioca, marcado não só pela pintura padronizada, mas pela dupla função do motorista-cobrador e das linhas "esquartejadas" para "alimentação" do sistema BRT.

Apesar do silêncio quase absoluto da imprensa, manifestos como a sátira humorística mostram que a revolta popular contra esse sistema existe e não é pouca.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

PICHADOR TENTA AJUDAR PASSAGEIROS DIANTE DE CONFUSÃO DA PINTURA PADRONIZADA


Diante da grande confusão causada pela pintura padronizada nos ônibus, pequenos paliativos são feitos com o objetivo de diminuir a confusão dos passageiros que, na sua correria, não conseguem mais discernir de imediato uma empresa de ônibus de outra.

Um pichador resolveu escrever o nome "Caju" no ônibus da linha 210 Caju / Praça 15, da Empresa de Transportes Braso Lisboa, que, com a pintura padronizada, é confundível com os ônibus da Real Auto Ônibus, Auto Viação Alpha, Transportes São Silvestre e Auto Viação Tijuca, que usam a mesma pintura.

A atitude do anônimo rapaz pode não resolver o problema, mas revela a sua indignação contra a pintura padronizada nos ônibus e seu esforço de, pelo menos, dizer aos passageiros, que o ônibus corresponde ao ramal Caju - Praça 15, tentando chamar a atenção diante dos ônibus padronizados que se confundem nas movimentadas avenidas cariocas.

Desta forma, o rapaz pelo menos tentou ajudar, evitando que as pessoas que queiram ir para o Caju peguem um ônibus errado e parem no Leblon, em Usina ou no Cosme Velho.


sexta-feira, 8 de maio de 2015

VIAÇÃO VILA REAL APOSTA NA DUPLA FUNÇÃO DO MOTORISTA-COBRADOR

A SOBRECARGA DE MOTORISTAS PODE PROVOCAR NOVOS ACIDENTES COMO O RECENTE, EM MADUREIRA, QUE MATOU O MOTORISTA E FERIU VÁRIOS PASSAGEIROS.

A Viação Vila Real está dando adeus à profissão de cobrador. Realizando demissões em troca do dinheiro para o ar condicionado - denúncia que está sendo feita nas mídias sociais - , a empresa carioca está tirando os cobradores de seus ônibus, substituindo pela

A Vila Real atende as áreas da Pavuna, Marechal Hermes, Honório Gurgel e Guadalupe, ligando-os para o Centro carioca ou para outros bairros da Zona Norte do Rio de Janeiro. Sua origem se deu de uma cisão da antiga Auto Diesel. Sua frota é vinculada ao consórcio Internorte.

Essa é uma péssima notícia para seus passageiros, sobretudo se levarmos em conta que seus ônibus correm em muitos trechos de seus percursos. Recentemente, um acidente com um de seus ônibus, que atendia a linha 778 Cascadura / Pavuna, matou o motorista e feriu mais de 20 passageiros.

A dupla função do motorista-cobrador é apontada como um dos fatores que sobrecarregam os motoristas, já que eles se dividem entre dirigir o veículo e cobrar passagens, dividindo suas atenções entre fazer o percurso certo e dar o troco exato.

Com esse acúmulo de funções, o motorista se torna estressado, o que pode reduzir seu desempenho no volante, ameaçando a vida dos passageiros, uma vez que o duplo trabalho pode trazer um deslize que faz o veículo perder a direção e sofrer um sério acidente.

Os acidentes de ônibus no Rio de Janeiro se tornaram constantes desde 2011, com seus ônibus cada vez mais sucateados e os motoristas sobrecarregados. Em cada acidente, há uma média de 15 pessoas feridas, mas não raro causaram várias mortes, entre elas o de uma produtora de TV da Rede Globo e um ciclista olimpico.