sábado, 3 de outubro de 2015

SISTEMA DE ÔNIBUS DO RJ PERDE DE VEZ O SENTIDO DE TRANSPORTE PÚBLICO

A CANDELÁRIA É FIM DE LINHA PARA LINHAS COMO A 455.

Hoje o sistema de ônibus do Rio de Janeiro perdeu de vez o sentido de transporte público. Ele agora é oficialmente um sistema privativo da vontade de tecnocratas, burocratas e autoridades políticas. Desde a adoção da pintura padronizada as autoridades cariocas mostraram o estilo Eduardo Cunha (não o busólogo, mas o deputado) de ser, reflexo do autoritarismo do PMDB carioca.

Sob a desculpa de racionalizar o sistema de ônibus - termo sem o menor fundamento, porque trará efeitos contrários - , a Secretaria Municipal de Transportes da Prefeitura do Rio de Janeiro eliminará a ligação direta Zona Norte-Zona Sul em boa parte das linhas, obrigando os passageiros a fazer a incômoda baldeação, que não trará o conforto do primeiro ônibus e causará perda de tempo.

Isso não é racionalizar. Afinal, é conhecido que a Zona Sul é famosa pelo gigantesco congestionamento que existia até quando as linhas do ramal Norte-Sul circulavam plenamente. Com o fim das mesmas e a substituição pela baldeação para os BRTs do ramal Centro - Zona Sul, que não darão conta de toda demanda (vide o caso de Madureira), a coisa tende a piorar.

Hoje, sábado, o sistema tende a parecer "tranquilo", mas o resultado mesmo será observado na segunda-feira. Os passageiros já estão se preparando para acordar mais cedo para não se atrasarem no trabalho e nos ambientes de ensino.

A confusão acontecerá nos entornos da Candelária e Central, que receberão as demandas das linhas de percurso mutilado. Incidentes como os arrastões em Copacabana podem ser transferidos para o entorno da Av. Pres. Vargas. O metrô também tende a ter maior lotação.

Tudo isso não foi imaginado pelos tecnocratas que, trancados em seus escritórios, não devem conhecer os congestionamentos no trânsito carioca, daí a imposição de uma mudança que, literalmente, vai fechar o trânsito no Rio de Janeiro.

Enquanto isso, continua a sobreposição de comerciais de automóveis na televisão, em que um mesmo intervalo chega a mostrar três propagandas de montadoras de automóvel, fora os comerciais sobre peças ou objetos relacionados, como baterias para carros, pneus e postos de combustíveis. Eles continuam congestionando as mentes de pessoas que continuam usando carros sem necessidade.

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