quarta-feira, 17 de junho de 2015

PINTURA PADRONIZADA E A FARRA DAS MUDANÇAS DE EMPRESAS

EXPRESSO PALMARES, SURGIDA DE UMA CISÃO DA EXPRESSO PÉGASO.

Pintura padronizada nos ônibus não traz transparência alguma. Isso é fato e os cidadãos têm que reagir à farra que as autoridades estão fazendo, trocando nomes de empresas, extinguindo umas e criando outras, mudando as operadoras de algumas linhas e tudo o mais.

O passageiro é sempre o último a saber e essa ciranda já ocorre há cinco anos, sempre com alguma pegadinha que deixa o usuário desprevenido. Desde que vieram as empresas City Rio, Translitorânea e Rio Rotas, em 2010, toda a bagunça se fez sob o véu da pintura padronizada, confundindo os passageiros, que perdem toda a confiança nesse sistema de ônibus arbitrário e corrupto.

Houve casos de empresas que sumiram e reapareceram, como Via Rio e Breda Rio, de empresas que mudaram de nome, como Saens Peña, que virou Nossa Senhora das Graças (ou Nossa Senhora das Desgraças, na sua forma pejorativa), e a City Rio, que ameaçou virar Viação Vigário Geral, voltou a ser City Rio. A Translitorânea desapareceu, mas veio uma Translitoral como alimentadora do BRT.

Nas linhas, a 673 Méier / Lucas saiu da Madureira Candelária para a Nossa Senhora de Lourdes. A Pavunense pegou a 296 Castelo / Irajá da Estrela Azul e a 298 Castelo / Acari da Madureira Candelária e o povo nem se deu conta disso.

E quem pensa que o serviço melhorou, está enganado. Um ônibus da Pavunense, modelo CAIO Apache VIP 3, com ar condicionado, considerado relativamente novo, circulava com dois grampos improvisados segurando uma das janelas que ameaçava cair, no lado direito do veículo.

E na parte distante da Zona Oeste, onde os passageiros sofrem mais com o serviço de ônibus, a bagunça torna-se ainda maior. Além da 689, antes ligando o Campo Grande ao Méier, ter reduzido seu percurso para Cascadura, irritando os passageiros, o troca-troca de empresas causa tanta confusão que o pessoal acaba vendo vantagens na deficitária, porém esforçada, Viação Padre Miguel.

A Padre Miguel é uma renomeação da antiga Transportes Feital, antiga empresa de fretamento que passou a servir linhas municipais do Rio de Janeiro e algumas intermunicipais ligando a cidade à vizinha Itaguaí. É a única que não recebeu o fardamento da Prefeitura do Rio de Janeiro e, embora só use carros usados, tenta se esforçar para se tornar uma empresa, ao menos, razoável.

Se a Rio Rotas e a Andorinha saíram extintas, e a Auto Viação Bangu e a Expresso Pégaso absorviam linhas junto ao Grupo Redentor que, focalizada em Jacarepaguá, começa a "abocanhar" linhas focalizadas em Bangu, surge às costas do povo a Expresso Palmares, dentro do mesmo fardão da pintura padronizada que confunde os passageiros. Transparência zero, diante de nenhuma chance de identificação visual da empresa.

Enquanto isso, os empresários de ônibus cariocas criam um concurso, ao lado das autoridades políticas cariocas, com propostas sobre mobilidade urbana, uma dessas competições que só servem como estratégia publicitária. O povo que pega ônibus, no entanto, continua sofrendo horrores nas idas e voltas por ônibus, dentro desse sistema ditatorial vigente desde 2010.

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